Médico Ginecologista, este post é para você!

Quinta-feira, 02 de Julho de 2020

A especialidade ginecológica definida como a “ciência da mulher” tem seus desafios e cuidados que devem ser tomados no dia a dia, especialmente pelo profissional médico.
Muitos questionamentos surgem a respeito dos exames ginecológicos realizados pelos profissionais sem o acompanhamento de enfermeira, instrumentador ou outro profissional que “assista” ao exame.

Na realidade, a atitude do médico ao requisitar o acompanhamento de profissional da sua confiança somente traz benefícios para ambos (médico e paciente), já que protege tanto o profissional quanto a paciente por eventuais alegações de suspeitas ou excessos por quaisquer das partes, preservando a relação médico-paciente.

Cabe dizer que o acompanhamento por terceiro no momento do exame ginecológico não afeta de forma alguma o sigilo do paciente, eis que esta pessoa ficará estrategicamente colocada em posição onde não visualize o exame de fato, apenas permaneça no mesmo local e preste o auxílio necessário, quando for sua função.

Ademais, a avaliação médica assim como todas as informações colhidas pelo médico no momento do exame, não devem ser repassadas na sala de exame, mas em reservado no consultório, posteriormente, diretamente para a paciente.

Muito importante ressaltar que o médico pode recusar-se a realizar o exame se a paciente não concordar com o acompanhamento ou ainda se o local não dispor de enfermeira, instrumentador ou outro profissional que assista ao exame, com fundamento no Capítulo II, inciso IV do Código de Ética Médica, que assim dispõe:

V - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará com justificativa e maior brevidade sua decisão ao diretor técnico, ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição e à Comissão de Ética da instituição, quando houver.

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